terça-feira, setembro 27, 2005

 

São as boas histórias que importam

O vice-presidente de Notícias e editor-executivo da National Public Radio, Bill Marimow é um apaixonado pela reportagem e o editor que todos gostaríamos de ter. Repórter brilhante, venceu dois Pulitzers (Serviço Público, em 1978 - revelou tortura de presos por detetives -, e Reportagem Investigativa, em 1985 - mostrou que policiais da Filadélfia ordenavam aos seus cães que atacassem pessoas inocentes e desarmadas). Como editor do Baltimore Sun, venceu diversos Pulitzer por Reportagem Investigativa, Beat Reporting e Feature Writing.
"Títulos são irrelevantes. O que importa é uma boa história. Keep your eyes on the ball."
Aos 57 anos, Marimow trabalhou na imprensa escrita por 34. Está em rádio há um ano e meio. Passou 21 anos no Philadelphia Inquirer, 15 como repórter e depois como editor de diversas áreas. Saiu para ser editor-executivo do Baltimore Sun, por seis anos, e depois, editor-chefe, em 2000.
Formou-se pelo Trinity College e recebeu foi um Nieman Fellow em Harvard, onde estudou a 1a Emenda na Faculdade de Direito, em 1982-1983.
Outras dicas de Marimow:
1. Acredito no sistema de setoristas, no qual o repórter tem total responsabilidade por sua área, seja o Pentágono, Medicina ou Ciência. Na maioria das vezes, se trabalhar duro, ele será capaz de informar o editor do que está acontecendo e o que fazer. O editor não tem de dizer o repórter o que fazer, mas tem de priorizar a orientação em reportagens. Quando repórteres esperam instruções acaba a ambição.
2. É preciso diminuir a burocracia. O trabalho de editores é dar tempo, recursos financeiros, orientação jornalística e editorial e espaço no jornal.
Nossa tarefa é ajudar a diminuir a distância entre o que o repórter é e o seu potencial.
Nem todos serão número 1. Um sempre vai ser o melhor, e outro vai ser sempre o número 200, mas temos de ajudar as pessoas a serem tão boas quanto podem ser, apoiá-las e ajudá-las a satisfazer os seus sonhos. Temos de lhes dar latitude, orientação e encorajá-las. É como um técnico de um time, que consegue levar seus atletas a jogar em um nível acima. É o tipo de qualidade que um editor-chefe precisa ter para comandar um jornal.

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