domingo, setembro 11, 2005

 

A simplicidade de Lucas Mendes

Quando soube que tinha ganhado a bolsa do World Press Institute, escrevi para Lucas Mendes e Caio Blinder, do Manhattan Connection, jornalistas que admiro e ex-bolsistas (68-69 e 85) do mesmo programa, hoje vivendo em NY. Bons tempos de vacas gordas, passaram quase um ano nos EUA, viajando por 32 estados e estagiando em jornais e revistas por 2 ou 3 semanas. Os dois foram uma simpatia. "Contamos com você. Parabéns e bem-vendo 'a tribo. O WPI foi uma das melhores experiências da minha vida. Grande abraço, Lucas." Caio Blinder foi no mesmo tom e deu os telefones.
Acompanhei a gravação do programa, sexta-feira, 11h30, no prédio da Agência Reuters, na 42nd, onde eles têm escritório e alugam sala e equipamento. Blinder teve de correr atrás do Severino Cavalcanti - não pude, nao tinha credencial da ONU - Bati um papo animado com Lucas. Cara simples e bacana, também tenista. "Pô, você tinha de ter me falado que jogava, e deveria ter sido menos modesto, tinha que ter ligado, nao podia ter deixado o Caio fazer o meio-de-campo..."
Ele me contou que só participou da bolsa porque Nilo Martins foi mandado de volta ao Brasil por causa das atividades guerrilheiras do irmão, o jornalista Franklin Martins, que participaria do sequestro do embaixador americano, Charles Elbrick, em setembro do ano seguinte. Lucas tinha 24 anos e nunca mais voltou ao Brasil.
Ficou como correspondente da Manchete - trabalhava antes para a Fatos e Fotos -, depois da TV Globo e criou o Manhattan Connection no comeco dos anos 90.
Contou como aprendeu a jogar tênis junto com Pelé, de quem foi muito amigo, quando jogava no Cosmos, nos anos 70. "Pelé, com aquelas pernas e talento para esporte, aprendeu rapidinho. O duro era perder. Tinha que pagar um chope e cantar que o Pelé é o melhor..." Hoje joga 5 vezes por semana, em "bolhas" de ar, abrigos criados como hospitais para a Guerra Civil (1861-1865), depois para as duas Grandes Guerras, adaptados para quadras de tênis.

P.S.: Angélica, produtora que nunca aparece no ar, existe, e é muito simpática.
P.S.2: O livro de Lucas Mendes, Conexao Manhattan, compilação de artigos dele para a Revista da Imprensa, é excelente. Ele também escreve para a BBC Brasil, como Caio Blinder. O segundo livro, "Manhattan, Reconexões", näo vendeu bem, embora considere melhor.
p.s.3: Resposta de Lucas a e-mail que mandei com nossa foto. "Belo sorriso. Vou pintar meu cabelo." Figura.

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