sexta-feira, setembro 09, 2005

 

"É preciso cultivar nosso jardim", Voltaire

Ontem encontrei o melhor emprego do mundo. Hoje descobri o melhor lugar do mundo para se trabalhar: Reader's Digest.
Não, nada de reportagem investigativa, hard news, furos. A revista mais internacional do mundo, mais água-com-açúcar e veja-o-lado-bom-da-coisa, tem 46 edições em 16 línguas diferentes vende 20 milhões de "America in your pocket" (é pequenininha) por mês - 400 mil no Brasil.
A sede da Reader's Digest é um sítio idílico, em um subúrbio rico, caro e distante de NY (45 minutos de trem), Chapequa, onde Bill Clinton mora. Parece aquelas universidades na Inglaterra. Paz absoluta, silêncio, gramados intermináveis. Fomos recebidos para almoçar em uma casa estilo vitoriano, de mais de 150 anos, decoração elegante dos americanos da costa leste, móveis bonitos e sólidos - afora os livros falsos em uma estante rotativa arredondada. Nos Estados Unidos, os ricos lembram e imitam os ingleses, inclusive nas casas. Depois vêm, nesta ordem: escoceses, alemães, escandinavos, franceses.
A "redação" fica a uns 500 metros, em uma bela casa de três andares, fachada coberta por eras. Dentro, nada lembra uma redação. Salas espaçosas e individuais, nenhuma baia, ninguém correndo ou gritando. Estilo Reader's Digest.
O melhor: 'as sextas-feiras, o expediente acaba 'as 12h, para cada jornalista poder cuidar do seu jardim particular - como Candide, Voltaire -, cada um tem o seu. "É preciso cultivar nosso jardim".
Boa qualidade de vida, boa filosofia.

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